Preta Gil morre aos 50 anos em Nova York após longa luta contra o câncer

Escrito por em 21 de Julho de 2025

A artista multifacetada Preta Gil — cantora, atriz, empresária e apresentadora — faleceu neste domingo, aos 50 anos, vítima de complicações causadas por um câncer. A informação foi confirmada pela assessoria da artista. Seu pai, Gilberto Gil, comunicou pelas redes sociais que Preta morreu em Nova York, onde realizava um tratamento experimental. A família está agora a tratar do processo de translado do corpo para o Brasil.

Diagnosticada em janeiro de 2023 com um adenocarcinoma no intestino, Preta enfrentou a doença com coragem por quase dois anos, submetendo-se a diversas cirurgias, sessões de quimioterapia e radioterapia. Em meados de 2024, a doença reapareceu de forma agressiva, com metástases em vários órgãos. Apesar disso, ela permaneceu firme, compartilhando sua jornada com o público de forma transparente. Ao vencer o Prêmio Faz Diferença, do jornal O GLOBO, afirmou: “Dividi minhas dores com o mundo de cabeça erguida, como sempre fiz”.

Nos últimos meses de vida, Preta buscou alternativas nos Estados Unidos, passando por instituições de referência como o Virginia Cancer Institute e o Sloan Kettering Cancer Center. Durante o período, familiares e amigos se revezaram em Nova York para acompanhá-la.

Em agosto de 2024, celebrou seus 50 anos com uma grande festa no Rio, reunindo 700 convidados e apresentações de Ludmilla e Psirico. Lançou também sua autobiografia “Preta Gil: Os primeiros 50”, onde relatou sua trajetória pessoal e profissional, incluindo o término do casamento com Rodrigo Godoy, rompido durante o seu tratamento.

Carreira artística e ativismo

Preta Maria Gadelha Gil Moreira iniciou sua carreira fonográfica em 2003 com o álbum Prêt-à-Porter, lançado durante o mandato de seu pai como Ministro da Cultura. A capa do disco, onde aparece nua, gerou polêmica e a transformou em símbolo da autoaceitação e da luta contra padrões estéticos. Tornou-se voz ativa contra a gordofobia, o racismo e a opressão dos corpos femininos.

Além da música, atuou em novelas como Caminhos do Coração, Os Mutantes e Cheias de Charme, e em filmes como Billi Pig e Crô em Família. Também apresentou o programa Vai e Vem no canal GNT e fundou, em 2017, a empresa Mynd, especializada em música e marketing de influência.

Em 2009, lançou o Bloco da Preta, que se tornou um dos principais blocos de carnaval do Rio e, mais tarde, de São Paulo. Bissexual assumida, Preta Gil era considerada uma figura de grande importância para a comunidade LGBTQIA+.

Vida pessoal e legado

Filha de Gilberto Gil e Sandra Gadelha, Preta foi casada com o ator Otávio Müller, com quem teve seu único filho, Francisco. Também teve relacionamentos com o mergulhador Carlos Henrique de Lima e com o personal trainer Rodrigo Godoy. Ao longo da vida, não escondeu sua orientação sexual e foi uma defensora incansável da diversidade e dos direitos humanos.

Na autobiografia, relatou episódios marcantes da sua vida, como a perda do irmão Pedro, em um acidente de carro, e a profunda conexão com sua madrinha, Gal Costa. “Mais do que meu pai, era atrás dela que eu queria estar”, escreveu.

Sua morte gerou grande comoção nas redes sociais, com homenagens de fãs, artistas e amigos. Preta Gil deixa um legado de coragem, autenticidade e compromisso com a arte e as causas sociais. Sua voz seguirá ecoando em muitas gerações.

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