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CAN regista 67 anos de história

Escrito por em 11 de Janeiro, 2024

Iniciada em 1957, no Sudão, a 34ª edição do Campeonato Africano das Nações, principal competição de futebol entre selecções do continente, regista, na Côte d´Ivoire, 66 anos de história.

Organizado pela Confederação Africana de Futebol (CAF), a prova começou a ser jogada em anos ímpares desde 1968, na Etiópia, cita o Wikipédia.

Na primeira edição, apenas três selecções participaram: Egipto, Sudão e Etiópia. A África do Sul estava programada para competir, mas foi desqualificada devido às políticas de apartheid do governo na época. Desde então, o campeonato cresceu significativamente, tornando-se necessário criar um torneio de qualificação. O número de selecções participantes na fase final chegou a 24 em 2019, mantendo-se assim até o momento. Em 2010, Angola sediou de forma inédita sob o título de país africano de língua oficial portuguesa.

Em 33 edições, o Egipto é a nação mais bem-sucedida na história da taça, detendo um recorde de sete títulos (incluindo quando ficou conhecido como a República Árabe Unida entre 1958 e 1961). O Senegal é o actual campeão após derrotar o Egipto por 4- 2, na marcação de pontapés de grandes penalidades, numa partida que terminou empatada (0-0) no tempo regulamentar e no prolongamento na final de 2021. Com a conquista, a selecção senegalesa chegou ao título inédito após dois segundos lugares (2002 e 2019).

Origem e primeiros anos

A origem da Taça Africana data de Junho de 1956, altura em que a Confederação Africana de Futebol (CAF) propôs durante o terceiro congresso da FIFA, em Lisboa. Havia planos imediatos para a realização de um torneio continental e, em Fevereiro de 1957, o primeiro CAN foi realizado em Cartum, no Sudão. Não havia qualificação, sendo ele composto pelas quatro nações fundadoras da CAF (Egipto, Sudão, Etiópia e África do Sul).

A insistência da África do Sul em seleccionar apenas jogadores brancos para o plantel devido à política de apartheid culminou com a sua desqualificação e como consequência a Etiópia avançou automaticamente para a final. Assim, apenas dois jogos foram disputados, com o Egipto coroado o primeiro campeão continental após derrotar o anfitrião Sudão nas meias-finais e a Etiópia na final.

Dois anos depois, em 1959, Egipto e Síria se fundem para formar a República Árabe Unida, que recebeu a segunda edição, no Cairo, com a participação das referidas três selecções. O anfitrião, Egipto, venceu novamente.

A competição cresceu e pela primeira vez houve uma fase de qualificação para determinar quais selecções jogariam pelo título de 1962, em Adis Abeba. A anfitriã, Etiópia, e o detentor do título, Egipto, qualificaram-se de forma automática e se juntaram à Tunísia e ao Uganda. O Egipto fez a terceira aparição consecutiva mas foi a Etiópia que emergiu como vitoriosa depois de derrotar a Tunísia e derrubar os egípcios no prolongamento.

 

Domínio do Ghana

Em 1963, o torneio se expandiu e recebeu seis selecções, divididas em dois grupos de três. A selecção do Ghana fez a primeira aparição como anfitriã do evento e ganhou o título após derrotar o Sudão na final. Os Black Stars repetiram a proeza dois anos depois na Tunísia – igualando o Egipto como duas vezes vencedor. Vale ressaltar que a partir dessa edição a competição foi renomeada de Taça Africana para Taça Africana das Nações.

Em 1965, a CAF introduziu uma regra que limitava, a dois, o número de jogadores estrangeiros em cada selecção. A regra persistiu até 1982. Posteriormente, o formato do torneio, 1968, aumenta para incluir oito das 22 selecções inscritas nas fases preliminares. As selecções classificadas foram distribuídas em dois grupos de quatro, com as duas melhor colocadas de cada grupo a avançarem para as meias-finais, um sistema que permaneceu até 1992. A República Democrática do Congo venceu o primeiro título, ao bater o Ghana na final. Para os ghanenses, foi a primeira derrota após somar oito vitórias e dois empates desde a estreia.

Uma década de campeões

Cinco nações ganharam títulos de 1972 a 1980: Congo, Zaire (actual RD Congo), Marrocos, Ghana e Nigéria. O segundo título do Zaire na edição de 1974 (venceram o primeiro como República Democrática do Congo) surgiu após enfrentar a Zâmbia na final. Pela única vez até hoje na história da competição, a partida teve que ser repetida quando a primeira disputa entre as duas selecções terminou empatada a duas bolas depois do prolongamento.

O desempate aconteceu dois dias depois, com o Zaire a vencer por 2-0. O atacante Mulamba Ndaye marcou os quatro golos dos zairenses nos dois jogos, também sendo o artilheiro do torneio com nove golos e estabeleceu um recorde do torneio, o único que permanece até os dias actuais.

Três meses antes, o Zaire havia se tornado o primeiro país da África subsaariana a se classificar para o Campeonato do Mundo da FIFA.

Marrocos conquistou o primeiro título na Taça Africana das Nações de 1976, realizada na Etiópia; Ghana, o terceiro campeonato em 1978, tornando-se o primeiro país a conquistar três títulos; e Nigéria, em 1980, também o primeiro título após organizar o evento.

Remarcação de disputa

Em Maio de 2010, foi anunciado que o torneio seria transferido para anos ímpares a partir de 2013, a fim de evitar que ocorresse no mesmo ano do Campeonato do Mundo. No entanto, isso permitiu haver dois torneios durante um intervalo de 12 meses, em Janeiro de 2012 (co-organizado pelo Gabão e Guiné Equatorial) e em Janeiro de 2013 (organizado pela África do Sul). Além disso, alguns campeões continentais anteriores, como o Egipto, Zâmbia e Côte d´Ivoire (vencedores das edições de 2010, 2012 e 2015) foram impedidos de participar na Taça das Confederações da FIFA, uma vez que passou a acontecer a cada quatro anos, deixando de ser bienal.

Artigo do Jornal de Angola

 


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