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Portugal: “Boca mundo” é o novo disco de Tchicau 12 anos depois do seu primeiro trabalho

Escrito por em 5 de Setembro, 2023

A artista foguense residente em Portugal Maria Andrade, conhecida por Tchicau, tem no mercado um novo disco intitulado “Boca mundo”, 12 anos depois de ter lançado o seu primeiro trabalho discográfico “Pai querido”.

Em conversa com a Inforpress, em Lisboa, Tchicau contou que estava focada nesse trabalho antes da chegada da pandemia, mas que, com a covid-19, ficou praticamente sem esperança, realidade que mudou quando foi a Angola e em actuações que fazia, apareceram pessoas que gostaram e financiaram o disco que em espaço de seis meses já estava pronto.

“Quero andar mundo afora para mostrar o que fiz, estou orgulhosa e feliz com o resultado (…). Com muita dedicação e esforço, já tenho o segundo trabalho no mercado, que dei o título de “Boca mundo”. Esta música é tipo talaia baxu e o título é porque hoje em dia há muita fofoca”, considerou, explicando que é uma forma de chamar atenção sobre essa situação.

Com a produção de Kim Alves (Estados Unidos da América) e tiragem em Portugal, a artista disse que neste mês de Setembro vai estar nos Estados Unidos para apresentar o novo disco, depois em Portugal que deve acontecer entre Novembro e Dezembro, para depois ir a Cabo Verde no próximo ano, em meados de Março ou Abril e, depois, possivelmente em Angola.

“Em Cabo Verde quero fazer lançamentos em São Vicente, Santiago e Fogo (São Filipe e Mosteiros). Quero ir aos Mosteiros, porque o disco tem uma morna “Dor de alma”, composta por Júlio Correia em homenagem a Giovani Rodrigues, um tema que custou muito a gravar, porque tinha conhecido Giovani e pouco tempo ele morreu”, explicou.

Natural da ilha do Fogo, Maria Andrade é filha de mãe de Santo Antão e pai do Fogo, tendo trabalhado na sua ilha Natal como funcionária de conservatória de registos e depois de já ser mãe participou no concurso “Todo mundo canta”, em meados da década de 1990, onde ficou primeira classificada na ilha do Fogo.

Em representação da sua ilha, no concurso no Parque 5 de Julho, na cidade da Praia, num ano que tinha mais de 30 concorrentes, ficou entre os primeiros cinco classificados, o que a motivou a continuar e de regresso ao Fogo, começou a cantar nas noites cabo-verdianas nos hotéis, mas também algumas vezes na cidade da Praia com o grupo “Pai e filhos” (Nhô Djonzinho).

Entretanto, conforme ela, em 1998 decidiu vir aventurar-se para Portugal, onde começou a frequentar alguns lugares, como “Enclave” que já fechou, e onde encontrava-se com muitos músicos, como Paulino Vieira, Tito Paris e outros, que a motivaram a fazer o primeiro trabalho que saiu em 2011/2012, com o título “Pai querido”.

“O título foi uma homenagem ao meu pai que também tocava violino, sendo que o tema “Pai querido”, a letra e música é da minha autoria e os arranjos foram feitos por Toy Vieira. Esse trabalho foi bem aceite e fiquei a ser mais conhecida”, lembrou.

De acordo com Tchicau, no intervalo entre os dois discos, participou em eventos em vários países, como EUA, Angola, onde fui bem recebida, Reino Unido, Espanha (ilhas Canárias), São Tomé e Príncipe, entre outros e desde 2017 que canta no espaço “Café de la music”, com interrupção durante a pandemia.

A artista cabo-verdiana disse que canta morna e coladeira, mas que gosta muito de cantar funaná, considerando que “falta muito para a música cabo-verdiana ter a valorização que merece, mas está num bom caminho”.

Tchicau é de opinião que os músicos agora pensam várias vezes se vale a pensa editar CD físicos, já que as pessoas não querem comprar, justificando que não têm aparelho que funcione, mas frisou que se realmente se quer ajudar os artistas, pode-se comprar um CD para contribuir.

 

 


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